1º Simpósio Marista de Tecnologia, Educação e Linguagem
O trabalho com os dispositivos digitais e em rede requer estratégias até então desconhecidas no espaço pedagógico. Dessa forma, objetivos, métodos e conteúdos estão sendo repensados e recriados para contemplar as aprendizagens das áreas do conhecimento e das múltiplas linguagens no ensino escolar e as habilidades necessárias para articular os espaçostempos dos saberes em todos os níveis: científico, tecnológico, social, político, econômico, ético, estético, sustentável, solidário, entre outros de criação ou inovação.
O eixo, Tecnologias, metodologia
e didática abrange novas competência em seus aspectos
ligados diretamente à relação entre tecnologias digitais e sala
de aula, seus usos e impactos nos processos de aprendizagem. O
foco da escola deixa de ser o ensino e passa para a
aprendizagem, ampliando as perspectivas focadas em objetos de
ensino para a aprendizagem do aluno, liberando-o para inventar,
antecipando as inovações. Espaço para refletir acerca dos
objetos digitais, jogos educacionais, espaços virtuais de
aprendizagem e as possibilidades de ampliação dos espaços
colaborativos, por meio de recursos tecnológicos.
Inovação só se realiza com novos autores!
Aula invertida - Blackboard – Colégio Paranaense
CENPEC – Educação & Participação em rede
Física Total – Prof. Yves Urquiza - embaixador da plataforma YouTube EDU brasileira
Este eixo busca abordar as interfaces entre
tecnologias e linguagens como produções históricas, culturais e
políticas, portanto, contextuais. A intencionalidade desse
eixo temático é compreender a produção de significados que geram
novas formas de conhecer, aprender e se relacionar com os
objetos de conhecimento e seus contextos, a partir de uma
proposição autoral. O sujeito que produz linguagem é aquele que
se apropria dos objetos de conhecimento e os transforma, criando
diálogos com seu tempo e lugar. As linguagens constituem o mundo
e são constituídas por ele, em um movimento contínuo de
interação, construção e desconstrução.
O exercício de compreender as diversas e
diferentes linguagens que compõem o mundo exige a análise de
contextos e de suportes, das identidades dos sujeitos envolvidos
e das inúmeras variáveis que interferem, pois se trata de um ato
de produção e apropriação de sentidos que se caracteriza pela
provisoriedade e incompletude.
Na era da cibercultura, as múltiplas
linguagens produzem comunicação ubíqua, ou seja,
pervasiva e onipresente. A cibercultura é mediática e se
configura por meio da hipermídia (composta por conglomerados de
informação multimídia) e da transmídia (transita por todas as
mídias, mais os simuladores, games...). A hipermídia se
constitui pela hibridização de linguagens, processos, signos,
códigos e mídias. Esse processo da hipermídia intensifica
sobremaneira a interação que ocorria nos livros impressos, pois
os aparelhos eletrônicos possuem performances e telas ligeiras,
ampliando as possibilidades de interação.
Toda interação produz linguagem e toda
linguagem está sempre em processo de criação/recriação.
Interação supõe movimentos, trajetórias, discursos, contextos,
próprios da sociedade de conhecimento. Conhecimento produz novo
e outro conhecimento, senão viveríamos na obsolescência!
Este eixo também aborda:
O internauta, o
sujeito e o cidadão.
No contexto social e educacional, as
tecnologias digitais representam a abertura de possibilidades e
de oportunidades de aprendizagens, que podem resultar em
situações de desenvolvimento econômico, como a produtividade, a
empregabilidade e o consumo. Uma parcela expressiva da sociedade
nacional ainda está alijada dos recursos tecnológicos. Há um
fosso entre ilhas de excelência tecnológica e de vastos
territórios ultrapassados ou com recursos tecnológicos
precários, inclusive de técnicos especializados para
implantá-los e colocá-los em operação.
Isso nos impele a pensar politicamente para
que sejam muitas as iniciativas para a diminuição desse
distanciamento ou desse fosso, no mundo e no Brasil,
principalmente, na área da educação, onde essas diferenças são
infinitamente maiores.
Deparamo-nos então, que é por meio dos
propósitos educacionais, mirados na democratização dos recursos
tecnológicos, no acesso e inclusão digital de todos os cidadãos
aos meios informacionais e de comunicação, que podemos evocar
alguns valores fundamentais para as aprendizagens. Valores da
cidadania, da ética, da horizontalidade nas relações culturais
entre as pessoas, da igualdade de direitos, da sustentabilidade
do planeta e do desenvolvimento econômico.
Podemos revisitar, no contexto educacional,
aspectos que socializam e perspectivam ações cidadãs e
democráticas. Por exemplo, a inteligência coletiva por meio da
qual o conhecimento adquirido é compartilhado por diversas
pessoas, podendo inclusive chegar a conclusões e decisões
conjuntas, o que é uma realidade anunciada.
Então, este eixo lida com as tecnologias na
sociedade e as diferentes consequências das interações que nela
se estabelecem.
O mundo conectado em rede, num contexto de
liberdade e democracia, faz com que as pessoas sejam livres para
aprender a seu modo e, ao mesmo tempo, capazes de
estabelecerem relações associativas. Nesse sentido, este eixo
aborda princípios da sociedade em rede. O conceito de sociedade
em rede carrega uma grande responsabilidade para os sujeitos,
pois amplifica os discursos e promove interações velozes,
capazes de mobilizar corações e mentes.